O mundo está parado, mas nós estamos em ponto de ebulição, a economia parou, fronteiras fechadas, ruas desertas, isolamento social – Foi decretado o estado de emergência.
Uns fechados em casa sem saber o que fazer ao tempo que tanto desejavam, e agora têm. Outros lutam para salvar vidas, arriscando a sua própria vida. Se é um dos que conseguiu encontrar algum equilíbrio e manter a calma no meio deste caos, então partilho algumas coisas que pode fazer para ajudar os outros ou a si próprio.
Todos nós podemos ultrapassar esta fase de forma mais saudável, física e emocionalmente , se nos ajudarmos uns aos outros.
Pensemos em tudo o que já aconteceu no mundo nos últimos 10 anos, milhares de pessoas perderam a vida, centenas de milhares de pessoas foram desenraizadas da sua família e forçadas a mudar para outro país, outras culturas, outras realidades e prosseguiram as suas vidas.
Atualmente, milhões de pessoas estão a lidar com um mundo mais stressante. O stress atinge as famílias de forma dura e silenciosamente.
Trazemos do trabalho para casa, em casa os pais discutem, lutam e as crianças sofrem. As crianças levam-no para a escola e isso afeta os todos, uma vez que estamos sempre conectados de alguma forma, é um circulo vicioso.
O Stress pode manifestar-se 3 meses após uma mudança, tragédia ou trauma. Este é o tempo que pode levar até que a “dormência” do impacto realmente passe e o stress se manifeste. Pode começar com uma sensação tristeza, ansiedade, sensação de impotência face aos acontecimentos, irritabilidade, revolta, e, em seguida, os nervos começam a tomar conta de nós, seguindo-se a TENSÃO TOTAL.
Em primeiro lugar, é necessário reconhecer que cada um de nós vai passar pelo seu próprio trauma pessoal, uma vez que temos percepções diferentes da realidade e também sentimos de forma diferente.
Esteja atento, procure sempre encorajar todos os que passaram ou ainda passam por uma destas situações a procurar ajuda ou aconselhamento de um amigo, familiar ou profissional, seja quem for, que peça ajuda.
Falar ajuda, mesmo que seja por telefone ou online. Quando verbalizamos as nossas preocupações, angustias e sentimentos, conseguimos observa-los numa nova perspectiva, intensidade e forma diferente, e a esperança poderá ser estabelecida.
Para lidar com o stress, a pior coisa a fazer é a pressão interna, o guardar tudo para si. É assim que as pessoas explodem! Adoecem, vão deixando acumular e… BOOM!
Pense num balão, só o podemos encher até um certo ponto, se continuar a encher, este simplesmente rebenta! As pessoas também são assim.
É importante que neste momento de isolamento social, mantenha uma rotina de exercício como parte das sua tarefas diárias. Fuja da pressão exercida pelas noticias a toda hora e da rotina, vá correr, vá caminhar, se for possível. Em casa pode fazer exercício físico, é muito terapêutico, se gosta de exercícios de impacto, saltar à corda ou TRX.
Se gosta de outro tipo de abordagem, pode ler, escrever, dançar, fazer Yoga, Workshops, Meditação, Mindfulness, existem várias aplicações que disponibilizam exercícios gratuitamente.
E o mais importante, apoio espiritual, tenha fé, viva o presente, um dia de cada vez. Verá que Amanhã poderá ter novas ideias, que o podem ajudar a resolver algum problema que neste momento não está a conseguir resolver. Podem aparecer pessoas no seu caminho, que o podem ajudar e até mesmo pensar por si, quando o cérebro parece já estar bloqueado.
Agora o mundo está parado pelo Covid-19, mas também temos de lidar com muitos outros desafios (VUCA), neste momento muitas relações ( familiares, sociais, laborais, económicas e financeiras) estão em perigo.
É hora de ajudarmos-nos uns aos outros, mantenha a sua mente tranquila e seja Luz por onde passa, se neste momento só pode telefonar, então ligue: – Pergunte aos seus familiares, amigos ou vizinhos, “Como te sentes hoje?” “Precisas de alguma coisa?” Se o fizer com regularidade, irá ajudar alguém que estará com alguma necessidade, nem que seja de uma simples palavra de amizade, afeto ou de apoio.
Parece-lhe pouco?
Nem imagina o impacto que vai ter na vida daquela pessoa, naquele momento e na sua. Podemos sempre acender outra vela, com a nossa chama e assim, sucessivamente, iluminar o mundo.´Ainda acha pouco?