Desde meados da última década que o Bulling no local de trabalho tem merecido a atenção por parte dos legisladores e das organizações empresariais. Muitas vezes o foco dessas entidades está mais centrado na prevenção do que na mitigação.
Parte-se do principio que deverá ser cada organização a resolver os casos quando surjam. E é aqui que reside o problema.
Políticas de prevenção são importantes, mas não são (nem nunca serão) uma barreira intransponível ao aparecimento de novos casos. Lidamos com pessoas, haverá sempre quem queira exercer pressão sobre alguém, seja qual for o motivo.
A primeira etapa deverá ser, cada um de nós, estar atento ao que poderão ser os sintomas de que algo está errado nas relações laborais.
Achamos natural sermos sujeitos a pressão, principalmente em cargos de muita responsabilidade e lidamos com isso o melhor que sabemos e podemos. Mas como distinguir exigência de Assédio Moral e Profissional?
Identificas-te com os sintomas físicos, psicológicos e comportamentais de uma pessoa que está a ser intimidada no trabalho?
• Dores atípicas, perda de força e resistência, sudorese incomum (suor)
• Perda de apetite ou, noutro extremo, excessos compulsivos;
• Perda de libido, apatia geral, ansiedade ou ataques de pânico, incapacidade de concentração;
• Sentimentos de impotência ou depressão avassaladora, principalmente ao acordar;
• Hipertensão, risco elevado de ataque cardíaco ou derrames;
• Obsessão com pequenos detalhes no trabalho ou em casa, medo excessivo de cometer erros;
• Perda de interesse no trabalho, especialmente quando este já foi anteriormente desfrutado;
• Ausências inexplicáveis ao trabalho;
• Abuso de substâncias; dependência excessiva de café, tabaco ou álcool;
• Falta de vontade ou incapacidade em confiar;
• Um estado aterrorizado, a ponto de não conseguir entrar no local de trabalho ou se aproximar do agressor;
• Pensamentos suicidas ou perda de interesse pela vida.
Se te identificaste em alguns destes sintomas talvez seja o momento de procurares ajuda.
Se dentro da tua organização não existir nenhum superior hierárquico imparcial a quem possas recorrer, ou departamento de RH, deverás optar por entidades exteriores governamentais ligadas ao trabalho ou sindicatos.
Simultaneamente, deverás encetar um processo pessoal para reforçares a tua auto-estima e de te retirares do papel de Vitima, desmontando, através de estratégias, os trunfos que o teu agressor tem sobre ti. Poderei ajudar-te nesse campo, não hesites em falar comigo.